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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ainda falando da Sociedade da Informação e Conhecimento

O mundo mudou. Desloca-se o foco da sociedade industrial e dos fatores tradicionais de produção centrados no capital, trabalho (mão de obra), terra, energia e matéria prima, para um novo fator de produção: o conhecimento. A essa nova era, damos o nome de: sociedade da informação ou conhecimento.

Os profissionais dessa nova era necessitam de novas competências. Passa-se do trabalhador especialista, para o empreendedor e inovador. A especialização dá lugar a criatividade, proatividade e espírito investigativo.

Nesse sentido, múltiplas competências, necessitam de condições para que possam se desenvolver na sua totalidade e, assim, responder satisfatoriamente aos desafios apresentados por essa nova sociedade.

A escola precisa repensar seus métodos de ensino e os profissionais se capacitarem para utilizar os diferentes recursos tecnológicos integrados aos currículos e ações pensadas pela escola.

A Sociedade do Conhecimento exige cidadãos mais críticos, capazes de gerenciar sua aprendizagem, atentos as inovações e mudanças que ocorrem no mundo, demandam pessoas com objetivos claros e dispostas a encarar o novo, sem se deixar intimidar. Mas até que ponto as instituições brasileiras estão atentas para essas novas necessidades?

Temos um problema cultural que precisa ser revisto. Desde cedo, na escola, o papel dos alunos se resume em ouvir, e toda e qualquer atitude que fuja do script dos professores é tida como ameaça. Todos que passaram pelas escolas ouviram um punhado de vezes: Não faça isso! Não converse em sala de aula! Não olhe para o lado! Não! Não! Não!

É evidente que é preciso ter limite, pois uma conversa fora de contexto pode atrapalhar o andamento da aula, mas sabemos que nas escolas tradicionais brasileiras há pouca ou nenhuma oportunidade para as trocas entre os alunos. Dentro das atividades propostas pelo currículo escolar, a imaginação, criatividade e capacidade de interagir com o meio, e com os participantes nem sempre são valorizadas, pelo contrario, os “melhores” alunos são os capazes de decorar as respostas que os professores querem ouvir.

Com toda esta mudança no mundo e nas necessidades do mercado de trabalho, a educação precisa ser repensada para que possa acompanhar a evolução social. De acordo com Bonilha (2005), a escola deve ter consciência de que o conhecimento não é mais estático, ou seja, ele está num constante processo de metamorfose.

Os alunos precisam desenvolver sua capacidade analítica e crítica, além de se relacionarem globalmente e colaborativamente – participando, questionando, produzindo conteúdos, decidindo e transformando seu meio. É preciso ensiná-los a selecionar as informações, organizar e atribuir significado a elas, assumindo um papel ativo em relação à aprendizagem, deixando de serem meros coadjuvantes para protagonizarem seu desenvolvimento e integrarem esta nova dinâmica social em suas diferentes instâncias.

A escola precisa repensar seus métodos de ensino e seus profissionais devem se capacitar para utilizar os diferentes recursos tecnológicos, integrados aos currículos e ações educativas. Os educadores e educandos devem assumir novas posturas, ou seja, desenvolver múltiplas competências. Os educadores devem utilizar as novas tecnologias a serviço de uma educação mais completa, integral; que desenvolva os seres humanos a todo tempo, em qualquer tempo.



Alyne Meirelles Bonomo
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